Ao assistir ao musical New York, New York, neste domingo, 29, no Theatro Municipal de Paulínia, vibrei com o depoimento do diretor José Possi Neto, relatado no
programa do espetáculo. Neto quando adolescente, frequentava a estação Sorocabana e se
distraía imaginando coreografias dançadas pelos passageiros que esperavam no
saguão ou nas filas dos guichês. Confirmando uma observação minha numa entrevista com
o professor da dança Daniel Cássios, para o livro "Paulínia - Dos Trilhos aos Palcos". Perguntei se o olhar do bailarino
era diferente da maioria das pessoas quando caminham pela cidade. Ele completou: Todo bailarino está sempre
movimentando o corpo e “parece que está a ouvir os sons da rua e do vento” .– Quem sabe
se não faz anotações para uma possível coreografia?
Agora sei e tenho certeza. Um grande
projeto artístico, vem desde a infância e persegue os espíritos talentosos até
a maturidade. Cabe a nós, aplaudir efusivamente, as grandes obras e seus autores. O teatro enriquece a nossa vida com ritmo, cores e movimento.
O musical é a primeira adaptação para o palco realizada no mundo da obra de Earl Mac Rauch a qual só havia sido adaptada para o cinema em 1977, uma produção dirigida por Martin Scorsese. Foram protagonistas Liza Minnelli e Robert De Niro.
Elenco: Alessandra Maestrini, Juan Alba e grande elenco.
Sinopse:
José Possi Neto dirige um elenco formado por 28 atores/cantores e bailarinos, protagonizado por Alessandra Maestrini e Juan Alba com participação especial de Julianne Daud como Carmem Miranda, de Maurício Xavier como Pastor e de Christianne Matallo como atriz e sapateadora, além de uma legítima Big Band com 14 músicos sobre o palco, com direção musical do maestro Fábio Gomes de Oliveira e direção vocal do maestro Marconi Araújo.
O tema central do musical “New York, New York” é a era das Big Bands que teve o seu apogeu durante os anos da II Guerra Mundial experimentando logo em seguida um período de decadência devido, em grande parte, aos altos custos que uma Big Band demandava para sua própria subsistência. Começaram então, a aparecer grupos menores de quatro ou cinco músicos muito mais econômicos do que os habituais treze ou dezesseis exigidos pelas big bands. Além disso, outro fenômeno começava a surgir no cenário musical norte americano e mundial: o Rock and Roll.
Baseado nisso Earl Mac Rauch criou uma história agridoce de amor tão intensa e ao mesmo tempo efêmera quanto a era das big bands tendo como pano de fundo a cidade de Nova York.
Esta história será mostrada contando com a participação uma personagem muito especial: uma genuína Big Band de 14 figuras que acompanhará ao vivo todas as canções do espetáculo.
Um dos grandes desafios da montagem tenha sido resgatar o sentimento nacional daquele momento histórico marcado pela rendição dos japoneses em 14 de Agosto de 1945. Mistura de entusiasmo e alegria e ao mesmo de tempo de incertezas.
Criados por J.C. Serroni, os cenários remetem o público a uma verdadeira viagem no tempo de Nova York dos anos 40, contando ainda com projeções computadorizadas realizadas pela empresa BijaRi de São Paulo.
Para a segunda temporada em São Paulo cenografia foi totalmente reformada pela empresa Jorge e Denis Produções Cenográficas e assim estará durante a turnê.
Os figurinos reproduzem fielmente toda a riqueza e a elegância da moda na América dos anos 40. Eles foram criados e produzidos por Miko Hashimoto.
O Atelier Chris Daud /claudeteedeca produziu os figurinos da personagem Francine Evans interpretada por Alessandra Maestrini. Os figurinos masculinos foram desenvolvidos especialmente pela Collezione Paramount e TNG e os sapatos femininos foram desenvolvidos especialmente pela Masqué.
A caracterização das personagens – cabelos e a maquiagem – foi executada por Emi Sato e Eliseu Cabral, respectivamente, trazendo de volta o encantamento e o charme da época. Wagner Freire na criação da luz compõe o ambiente que é coreografado por Anselmo Zolla e Kika Sampaio no sapateado.
Ficha técnica
Texto Original: Earl Mac Rauch
Direção Artística: Maestro Fábio Gomes de Oliveira & Julianne Daud
Direção Cênica: José Possi Neto
Direção Musical: Maestro Fábio Gomes de Oliveira
Direção Vocal e Arranjos Vocais: Maestro Marconi Araujo
Cenários: J. C. Serroni
Cenotécnico: Jorge Basto
Figurinos: Miko Hashimoto e Atelier Chris Daud para Claudete e deca
Coreografia: Anselmo Zolla
Sapateado: Kika Sampaio
Design de Som: Fernando Fortes
Design de Luz : Wagner Freire
Diretora Residente: Cecília Simões
Diretora de Produção: Julianne Daud